LOULÉ RECEBEU PRIMEIRA ASSEMBLEIA PARTICIPATIVA SOBRE ODS PARA A AGENDA 2030

02 de março 2023

Ministra da Presidência marcou presença na sessão

Não foi obra do acaso Loulé ter sido o concelho escolhido para receber a primeira Assembleia Participativa dedicada à Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, integrada no périplo que irá percorrer mais 6 concelhos no país ao longo dos próximos meses. Esta quarta-feira, 1 de março, no Auditório do Solar da Música Nova, sociedade civil e representantes de organismos oficiais associaram-se a esta sessão onde se pretendeu reunir contributos para o Relatório Voluntário Nacional que Portugal irá apresentar junto das Nações Unidas, no próximo verão.

“O trabalho que o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, tem feito no domínio dos objetivos de desenvolvimento sustentável tornava esta escolha obrigatória. E por essa razão é também Vítor Aleixo que é presidente desta Secção de Municípios da ANMP e que, em sua representação, integrou a Comissão de Acompanhamento deste novo modelo de governação dos ODS”, explicou André Moz Caldas, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, um dos governantes que participou no encontro.

 

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Através desta sessão promovida pela presidência do Conselho de Ministros e CCDR, com o apoio da Autarquia de Loulé, foi possível aferir quais os ODS que mais dizem à comunidade louletana e que, como tal, devem ser prioritários. Depois de uma votação no momento, através dos dispositivos móveis dos presentes, a Ministra Mariana Vieira da Silva, que também se juntou a este evento, anunciou os 3 vencedores: ação climática (ODS 13), erradicar a pobreza (ODS 1) e educação de qualidade (ODS 4).

Um dos focos desta Assembleia foram as matérias ligadas à ação climática, também porque estas são uma preocupação “num concelho e numa região particularmente expostos a fenómenos como a subida do nível do mar e a seca, é necessário agir de uma forma muito célere”, como salientou Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia e Clima.

Num território que tem a atividade turística como base da sua economia, falou-se da preocupação do setor pelas questões da sustentabilidade e da abertura para acolher as mudanças que se impõem. As áreas das energias renováveis, da reflorestação, da seca, da agricultura, da educação e do emprego foram igualmente discutidas, sendo que alguns dos participantes realçaram que é urgente combater o desconhecimento ainda existente, redobrando esforços para informar as pessoas sobre estas matérias.

Vítor Aleixo, anfitrião de um momento “que diz muito ao Município de Loulé”, deixou votos para que toda a informação reunida nesta sessão e todos os contributos dos intervenientes, “possam ser sistematizados e dar corpo ao relatório que vai ser apresentado em Nova Iorque, no próximo verão”. “Este é um tema ainda novo para a sociedade portuguesa, mas eu diria que é um tema incontornável. Todos percebemos que o mundo está cheio de becos sem saída, portas que não se abrem, e o objetivo que nos foi lançado pelas Nações Unidas para todo o mundo é precisamente abrir portas, encontrar respostas para os problemas muito difíceis com os quais o mundo hoje se confronta”, adiantou.

Mariana Vieira da Silva, que veio ao Algarve com a equipa governamental para participar na iniciativa “Governo +Próximo”, realçou o facto de os cerca de 50 eventos previstos durantes estes dois dias em toda a região, “de uma ou outra forma, têm lá vertidos estes 17 quadradinhos (ODS)”.

Ciente das diferenças em termos de prioridades noutras regiões do país e noutras partes do mundo, a Ministra da Presidência aponta a importância desta participação para o envolvimento dos cidadãos. “Se tivermos a generalidade da população a saber que nestes 17 objetivos estão algumas das suas prioridades de ação no dia-a-dia, no seu quotidiano, já temos um grande ganho”.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi aprovada em 2015 por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2017, Portugal apresentou o primeiro Relatório Voluntário Nacional. O Presidente da República comprometeu-se a avançar para um segundo Relatório que, como disse André Moz Caldas, deverá ser “catalisador do novo modelo de governação, monitorização e implementação da Agenda 2030 no nosso país”.

Recorde-se que esta Agenda assenta em 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), subdivididos em 169 metas, constituindo um plano de ação centrado nos 5 Princípios: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias.

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